Aqui desnudo minha alma e deixo meus sentimentos me guiarem,
me desabafo no meu blog ao invés de chorar minhas dores ao mundo que não me
acolhe.
Aqui transformo pensamentos que me atormentam em palavras
desconectadas que brincam dentro da minha mente que chora e sofre imensamente
as perdas de uma vida cheia de desilusões que me moldaram para uma criatura
meiga que sobreviveu na loucura de uma existência marcada por momentos de puro
egoísmo de seres humanos que não entendia que minha alma só queria a segurança
de ser amada e aceita como ser humano.
Tem dias que as letras dançam e se transformam em versos,
prosas, crônicas, tem dias que simplesmente dói demais escrever o que mata meu
coração e o meu ser.
Os livros e a escrita sempre foram meu refugio, sempre
aceitaram meu verdadeiro eu, me amaram por mim mesmo, nunca precise de belas
roupas, de maquiagem pra disfarçar as noites mal dormidas, os olhos inchados de
tanto chorar as decepções da vida, sempre me acolheram e me mostraram que com
eles posso ser a menina, mulher, bruxa, inocente, safada, cruel, bondosa, que
há espaço para todas dependendo do dia, do momento, do lugar, do desejo da alma
se libertar.
Com eles aprendi que a perfeição está em mesclar o inferno e
o paraíso, o mal e o bom, o doce e o amargo, que sou perfeita na minha mais
absoluta imperfeição e que isso me faz especial nessa vida e que a opinião mais
importante sempre será a minha no momento que escolho o papel para deslizar
minhas palavras e explorar meus sentimentos contraditórios que escondem uma
alma que só pede que a aceitem e a amem.
São Paulo, 18 de novembro de 2014.
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