Sou uma mulher-menina super complicada, que briga consigo
mesmo todos os dias por querem dar o seu melhor sempre.
A menina que ainda tem a inocência nos olhos, ou talvez a
mulher que tem atitude em seus atos. Eu posso ser muito doce e meiga, e ao
mesmo tempo te surpreender com minhas atitudes inaceitáveis, meu jeito maluco
de mulher que vai a luta e nada teme.
Não sou a mais bonita, nem possuo o sorriso mais lindo. Não
sou uma princesa perfeita nos modos e na beleza, sou simplesmente essência... sonho
acordada, choro do nada...o destino? Sempre brinca com meus sentimentos e me
faz ver o quando deixo as pessoas me afetarem mesmo tendo idade... meu mal?
Acreditar no ser humano, dar crédito as palavras vazias que chegam a mim,
pensar mais com o coração do que com a razão, enxergar sempre o arco-íris no
final de uma grande tempestade... aquela que vêem a bondade nas pessoas que
mais lhe pisam e machucam.
Chegou o momento talvez de deixar a menina de lado e ser
somente à mulher que batalha na vida para subir no trabalho, que carrega a
casa, que ralha com os filhos... Talvez seja à hora de sufocar a menina que
sonha com finais felizes e príncipes encantados que são simplesmente sapos por
opção, por gostarem de ter o poder de pisotear quem lhe estende a mão, quem é
amiga, confidente, amante.
Somos o sexo frágil que trabalha dentro e fora, que executa
várias atividades ao mesmo tempo, que sorri quando o coração chora que é
educada quando a vontade é de se recolher em silêncio, é aquela que se faz
forte para ser exemplo para os filhos e que se desfaz por dentro cada vez que
lembra que permanece solitária por amar demais quem não merece.
São Paulo, 21 de Fevereiro
de 2014
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