Hoje meu
coração está de luto.
Mais
uma vez em nome do amor estou deixando você partir.
Partir
da minha vida e partir meu coração.
As
lágrimas enchem meus olhos, mas não podem cair.
Não
quero que ninguém perceba o sofrimento escondido em minha alma.
Tentei
em vão te fazer feliz, você não permitiu.
Seguiu
sua vida e me deixou a sombra dos seus problemas, via em mim no máximo a amiga.
Deixei
de ser mulher, amante, para ser a mãe que acalenta que reergue que sustenta.
Pedi
inúmeras vezes para abrir espaço para mim em sua vida e sempre a mesma
resposta: tempo.
O
tempo por sua vez não abranda as rugas nem as dores, eles a intensificam.
O
tempo é um castigo quando se ama e não se tem a presença constante do ser
amado.
Não
que amor seja só adição, ele contém a multiplicação, a divisão, mas não pode
ser apenas subtração, só doação de uma parte exclusivamente.
E
como amar é sabe a hora de abrir espaço, é saber renunciar em prol da
felicidade de quem se quer bem, lá vou eu de novo ser a fênix que transmuta a
própria dor e sai na calada da noite para abrandar os desejos carnais já que a
alma e o coração estão trancados numa caixa de pandora no qual não me
arriscarei a abrir tão cedo.
São Paulo, 06 de Fevereiro de
2013.
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