Saudades do tempo que tudo era simples e descomplicado, onde
não havia obrigações, compromissos, onde os sonhos era apenas ganhar uma
boneca, uma bola ou uma bicicleta, a infância era doce e linda como o brilho do
olhar de uma criança.
De repente surge à fase adulta, adultera, frívola, ai se
descobre que a criança deixou de ser espontâneo livre e virou o excêntrico, o
possessivo, que não sabe mais ser companheiro, que não consegue deixar o objeto
do seu afeto fazer suas próprias escolhas, que não sabe ser completo, ser
inteiro, sem sufocar a outra pessoa, onde tudo é causa para brigas, discórdias e
noites de choro.
Pare e olhe em sua volta e veja o quanto às pessoas se
distanciam quando se quer transforma-las em algo que complemente suas
carências, a sua falta de amor próprio, cresça, ame e deixe livre tudo que te
faz feliz, volte para dentro de si mesmo e traga a superfície aquela criança
generosa, sincera, de coração aberto, riso franco, de brincadeiras leves, puras
e veja que tudo ficara colorido como um grande arco íris depois de uma
tempestade gigante e sinta que é novamente uma pessoa completa em sua essência sem
sufocar mais atrair pessoas semelhantes e agregadoras.
São Paulo, 15 de abril
de 2017.